quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Mel

Vejo plantas, vejo contas, seguro as pontas, quem sabe se encanta. Todo dia uma nova reflexão, reinventar-se, subjulgar-se, a culpa é minha amiga, convivo com ela todo dia, querendo ou não. Geralmente quero. Deve ser algo dentro do meu ego, dizendo que trazê-la pode me abstêr das atitudes. Até ilude, mas já sei não ser assim. Faz parte.
Gosto das palavras confusas, das escritas difusas, é o turbilhão, tá sempre na cabeça, quando sái causa estrago, mas eu gosto. Gosto do estrago.Ele move, até comove, não sou moinho pra girar sempre no mesmo lugar.
A zona de conforto tem esse nome não é a toa, mas confortável não me sinto, nem aqui e nem lá, pois aonde eu for tenho uma sombra pra acompanhar, sombra do passado-presente-futuro, a sombra do "vai dar errado, tudo", sem esquecer da sombra do "pensar no mundo". Vale a pensa pensar tanto até ficar sem ação? Penso que não, mas as sombras não se vão, gostam de mim, são assim, e somos o que somos, sementes. Planta-se a ideia e cobre toda a mente, igual erva de passarinho, sufocando, existindo, buscando permanecer ali. 
Mas sigo aprendendo, nunca parada, afogando a vaidade de estar certa ou errada. Verdades absolutas me incomodam, mas cada uma com sua jornada.

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